domingo, 2 de janeiro de 2011

Pretinha... te encontro na fé.

Desde pequena sempre quis bichos: gato, cachorro, coelho, papagaio, mas nunca uma cachorrinha com cara de morcego, e de latido estridente, mas foi isso o que eu ganhei. Eu tinha 8 anos de idade... e ela uns 5 meses, ela nunca foi a coisa mais linda e fofa do mundo pelo contrário, chatinha e irritada gostava das coisas à sua maneira. Brincadeiras eram bem vindas apenas quando lhe convia e se ganhasse um biscrock de brinde depois da palhaçada toda. Bolinha? Só as que tivessem sinos dentro, mesmo assim só eram vistas uma vez, quando chegavam do mercado, após isso, viravam meros pedaços de plastico espalhados pelo quintal. De inicio eu ainda insistia bastante em brincadeiras e passeios, mas sempre acabava ganhando mordidas maldosas, com o tempo aprendi que nossa amizade era mais gostosa depois do almoço espalhadas no sofá da sala assistindo chaves e sessão da tarde... 13 anos e fomos aprendendo a conviver, fomos aprendendo a passear, e ela a me obedecer, acho que foi o cachorro mais velho a aprender a sair no portão sem coleira, passou por cirurgias, problemas ósseos, cacofagias. Entendi que de fato ela não era a cachorra ideal para uma criança, descobri isso depois de adulta, talvez seja esse o motivo de agir de forma desconfiada, mas com o passar dos anos, ela foi se tornando mais calma e maleável, nos ultimos meses me parecia até mais carinhosa porém cansada e fraca, Mas sempre disposta a arranhar a porta da cozinha e vasculhar todo o chão atras de algo gostoso. Mesmo sendo a pinscher do latido mais irritante do bairro foi a nossa melhor e mais fiél companheira. Dorme bem pretinha.

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