quarta-feira, 31 de março de 2010

Me faz um favor?

Me faz um favor?

Pára de achar que eu tenho cara de idiota, pois, eu sei exatamente o lugar de cada coisa; Vê se pára de conversinha mole, pra boi dormir, porque eu já não caio mais nessa...Também não tenta tapar o sol com a peneira, porque de dessas chatices eu cheia! E vê se não esquece, que minha experiência vem de longa data, mesmo sendo eu a "novinha" porque eu vejo quase tudo o que ninguém vê! Vamos fazer um trato, e o trato é o seguinte: Se esforça pra fazer o mínimo, e se você tem amor de verdade, corta pela raiz o que não importa, não tenta esconder como se eu não visse nada, porque eu vejo quase tudo e sempre fui boa na brincadeirinha de ligar os pontos, até formar um desenho... e eu continuo no meu papel, gostando menos de você, pra você gostar mais de mim, e é assim que tem que ser! E quando você me perguntar vou responder: O que é prioridade pra você?

Deus não dá asa a cobra, pra ela demorar mais a chegar!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Música - Tati Bernardi

Música


As pessoas seguram uma risada quase de pena. Mas se ele nem morava aqui, mas se ele não ficou mais do que uma semana com você, mas se já faz tempo que ele se foi, sem nunca ter sido.
Então o quê? Nem eu sei. Mas sei da minha enxaqueca que já dura uma semana. Latejando sem parar. O coração que subiu nos meus ouvidos. Gritando que sente falta e pronto.
Eu sinto falta de ligar o celular, depois do avião aterrissar, e ter uma mensagem sua dizendo que vai dar tudo certo. E sorrir mesmo estando numa fila gigantesca para o táxi, embaixo daqueles 78 graus do Rio de Janeiro. Não tem poesia nem palavra difícil e nem construção sofisticada. O amor é simples como sorrir numa droga de fila. E não se sentir mais sozinho e nem esperando e nem desesperado e nem morrendo e nem com tanto medo.
Eu sinto falta de querer fazer amigos em qualquer festa, só pra conhecer gente estranha e te contar depois. Agora, eu fico pelos cantos das festas. Voltei a achar todo mundo feio e bobo e sem nada a dizer. Porque eu acho que estava gostando mais das pessoas só porque te via em tudo. Agora as pessoas voltaram a me irritar. E eu voltei a ter que fazer muita força pra sair de casa.
Quando alguém não entende o meu amor, eu lembro daquele dia que você não queria tocar violão pra mim. Até que dedilhou reclamando que não era o seu violão. Daí tentou uma música conhecida. Tentou uma menos conhecida. Daí tocou uma sua, com a voz baixinha e olhando pro nada. E então me encarou e cantou com a voz alta. E então largou o violão, me encarou e cantou bem alto a sua dor, de pé, na minha frente, e eu achei que meu peito ia explodir. E ri achando que você ia sair correndo e dar um show na padoca da frente. E naquele momento eu pensei que poderíamos ser infinitos se fossemos música. E isso explica tudo, mas ninguém entende. Você entende. Mas cadê você?
Quando vai dando assim, tipo umas onze da noite, o horário que a gente se procurava só pra saber que dá pra terminar o dia sentindo algum conforto. Quando vai chegando esse horário, eu nem sei. É tão estranho ter algo pra fugir de tudo e, de repente, precisar principalmente fugir desse algo.
E daí se vai pra onde?

domingo, 28 de março de 2010

Chinelo do pé...Pé do chinelo.

Todo pé quer um chinelo... mesmo que seja um chinelo velho daqueles que ninguém compraria, só pra não pisar no chão frio, ou pra não correr risco de pisar em um caquinho de vidro.

E você vai usando... e ele também te usa pra ter alguém dentro dele, não se sentir vazio. Cada um usa por um motivo, até que o chinelo enjoa da cor dos seus esmaltes, e você enjoa da cor da borracha. Um dia do nada o chinelo vê que está esquecido, e você pisa no chão molhado assim, os dois voltam a se usar. O pé gosta do chinelo, mas ainda sente a liberdade de pisar no chão totalmente descalço!